sexta-feira, 28 de junho de 2013

EXIBIÇÃO DO PRIMEIRO FILME EM NOITE DE CINECLUBISMO

Por Vera Haas

O Diretor do IECINE (Instituto Estadual de Cinema), Luiz Alberto Cassol, apresentou uma instigante palestra sobre cineclubismo na noite de 26 de junho, última quarta-feira. Na ocasião, foi apresentada a diretoria democraticamente eleita entre os estudantes do campus Camaquã. O processo foi o resultado das  atividades implementadas pelo Projeto Cinema e Literatura e da leitura de textos sobre cineclubismo e da confecção dos estatutos do cineclube da escola pelos alunos Djoilize da Silva, José Camargo, Natália Osvaldt e Victória Viatroski. Participam da gestão do primeiro cineclube alunos de diversos cursos técnicos.

O bate-papo que Cassol travou com os estudantes e professores teve como fulcro uma leitura crítica da realidade que envolve a produção, realização e veiculação de um filme. Disposto a fornecer uma visão de conjunto aos presentes, o diretor do IECINE abordou questões como filmes com maior ou menor procura pelo público que frequenta os cinemas, a proposta alternativa e democrática do cineclubismo, os trabalhos cooperativos e possíveis entre cineclube e escola ou videolocadoras, entre outros.

Ao final do evento, um dos grupos de estudantes que realizou seu primeiro curta na escola apresentou o filme "Jovem Casal". Mais de 20 horas de trabalho resultaram em oito minutos de filme. O argumento foi retirado de um miniconto escrito por Djoilize da Silva durante as aulas de literatura. Um grupo de estudantes escreveu o roteiro, decupado pelo diretor, Douglas de Ávila. O trabalho exigiu trocas de ideia. Os atores ensaiaram nos mais diversos horários: como a escola tem três turnos, ficava difícil encontrar um momento em que todos pudessem atuar juntos. Antes da filmagem, aulas de fotografia e de luz com o professor Marcelo Kwecko.  A filmagem aconteceu em locação previamente escolhida pela produção. E, por fim, a montagem deixou os envolvidos satisfeitos mas exaustos.

O filme ganhou a simpatia do público presente e elogios do visitante. Perguntas despertaram os realizadores para aspectos críticos que subjazem à escolha de cenários e de tema. A chefe de Ensino, Cátia Barcellos, elogiou publicamente as atividades do Projeto Cinema e Literatura e a iniciativa dos alunos em formarem a direção do Cineclube. O professor Edson de Oliveira, coordenador da Pesquisa e da Extensão, demonstrou satisfação com o evento e com o trabalho realizado.

MESA REDONDA COM COLEGAS DO CAMPUS PELOTAS


Por Vera Haas

No dia 19.06, os participantes do Curso de Extensão para Formação Docente Cinema e Literatura na Sala de Aula, promovido pelas Secretarias de Cultura e de Educação do município e pelo campus Camaquã, reuniram-se para uma mesa redonda com professores do campus Pelotas. Gilnei Correa, Jaqueline Koschier, Roberta Pedroso e Túlio Medeiros debateram o tema educação culturalizada, de modo a abordar aspectos como a importância de áreas do conhecimento que promovem a cultura e a reflexão crítica sobre a elaboração do currículo do Ensino Médio, incluindo o currículo dos cursos profissionalizantes.

O debate teve ativa participação dos alunos do Curso. Alguns docentes deram depoimentos sobre atividades realizadas em suas escolas, com resultados voltados à valorização da cultura, tanto artística quanto cultural. A variedade de áreas representadas por profissionais da História, da Educação Artística, da Educação Física, da Pedagogia e das Letras oportunizou um diálogo muito interessante, estendendo o encontro até as 12h.

A ideia da manutenção de um grupo que continue debatendo as interfaces entre Literatura e Cinema, ou Artes e Cinema, ou História e Cinema et alii tem animado os docentes que, agora, chegam ao término do Curso. Os debatedores, sem exceção, mostraram-se dispostos a colaborar com as reflexões e o desenvolvimento de uma atitude crítica e construtiva em relação à interface cultura e educação.

terça-feira, 4 de junho de 2013

CINEMA E LITERATURA ESTÃO PARA O CINECLUBE COMO...


Prof. Dra. Vera Haas

Bem, caro leitor, nesse caso você pode preencher como lhe aprouver. Particularmente, penso em várias maneiras de completar o pensamento. Isto porque, hoje, desejo partilhar com você algumas das atividades realizadas pelo Projeto Cinema e Literatura: Do argumento ao filme. O objetivo é incentivá-lo a ler livros e filmes e, quem sabe, a escrever livros, roteiros e a filmar histórias. Entre as atividades apoiadas pelo Projeto Cinema e Literatura, muitas são apenas o início de uma caminhada. Trata-se de construir espaços e olhares para que, gradualmente, grupos optem por seus próprios procedimentos, tanto em sala de aula, no cotejo entre cinema e literatura, quanto em salas de cinema (na escola, no clube, na sala de casa...). Abaixo segue uma relação de nossas ações, todas passíveis de execução em qualquer lugar, basta formar um grupo. Sim, cinema não se faz sozinho, são necessárias muitas mãos e muitas habilidades.

I.
O Curso Cinema e Literatura na Sala de Aula, voltado aos docentes interessados nessa interface, contou com o apoio das Secretarias de Cultura e de Educação do Município e da direção do campus Camaquã. O Curso ocorre nas dependências do campus e prevê um total de seis módulos. O primeiro módulo trouxe à tona temas como a semiologia e as diferenças de linguagens sob a condução do professor  Rafael Ferreira (UFPEL). Essa atividade de formação resultou das sessões de cinema comentadas, desenvolvidas pelo Projeto em anos anteriores.

II.
 A formação de um cineclube e a  eleição da primeira diretoria do Cineclube do campus Camaquã foram incentivadas e apoiadas pelo Projeto Cinema e Literatura.  Estudantes dos cursos de eletrônica, suporte e manutenção em informática, controle ambiental e automação industrial formam o grupo que se assumiu a responsabilidade de abrir as portas do campus ao cineclubismo, dando continuidade a sessões comentadas, formando grupos de estudo a respeito de cineastas ou de transcriações, enfim, colocando em prática aquele tipo de conversa e de pesquisa tão ao gosto de amantes do cinema e da literatura: a observação da estética em face à realidade representada e a inovação de antigos paradigmas. Em breve, a nomeação dos componentes da diretoria acompanhará a divulgação da data da posse.

III.
A finalização do primeiro curta produzido no campus Camaquã, com direção de Douglas Pinho de Ávila, a partir de uma livre adaptação do miniconto de Djolize Martins da Silva. Aspectos que possibilitam a inclusão  de segmentos sociais mais amplos ocuparam o diretor, a bolsista Daniela Bilhalva e o professor Marcelo Kwecko. Paralelamente, a bolsista Victória Viatrostki prepara o curta que terá sua direção, uma transcriação do miniconto de Natália Osvaldt Müller, Um pedido. Quer conhecer os atores, os roteiristas, os cenógrafos, o pessoal da produção? Fique atento, m breve, nesse espaço, você terá a ficha técnica completa.

Adaptação, livre adaptação ou transcriação? Que termo você usaria? Por que motivo? Pense a respeito e divida conosco sua resposta a essa questão. Afinal, refletir sobre a correlação cinema e literatura EXIGE pensar e pesar a palavra escrita.