terça-feira, 9 de abril de 2013

A Ditadura militar no cinema


Por Victória Viatroski
As atividades realizadas no IFSul campus Camaquã , nesta sexta-feira , dia 05 de abril,  tiveram como encerramento a exibição do filme “Golpe de 64 – A procissão está nas ruas”, do diretor Guilherme Fontes. A obra conta como se deu o golpe militar no Brasil, citando os principais envolvidos principalmente relatando fatos que antecederam o golpe militar.  O documentário traz entrevistas com personagens históricos como Leonel Brizola, que foi banido do Brasil por ser contra a ditadura militar no país. Assim como Brizola, muitas outras pessoas que se opunham ao regime militar foram exiladas do país, e as pessoas que ficaram foram torturadas e até mesmo mortas, algumas simplesmente desapareceram e até hoje os familiares ainda estão à procura. Para justificar estas saídas do país, os militares criaram o slogan: “Brasil : Ame-o ou Deixe-o” , pois não admitiam que eles fossem os fomentadores destes banimentos, e, pode-se dizer, não admitem ainda hoje, que sejam os responsáveis pelas mortes ocorridas.
Pensando neste documentário, podemos citar filmes como “Zuzu Angel” que traz à tona a discussão sobre assassinatos ocorridos durante a ditadura militar no país, a questão da Anistia imposta pelos próprios militares e a repressão contra a liberdade de expressão. Outro exemplo é a obra “Pra Frente Brasil”,  que ressalta o período do milagre econômico do país, mas também denuncia as mortes e torturas sofridas no mesmo período.  Podemos falar sobre o filme “Eles não usam Black-Tie” que, com a questão da greve,retoma principalmente o conflito que o povo viveu, também por ingenuidade, se deveriam apoiar o regime militar ou lutar contra, sabendo que sua vida e família corriam riscos. Outra obra cinematográfica , que já foi exibida pelo nosso projeto Cinema e Literatura, é “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”. Neste filme, os pais de Mauro, um garoto de doze anos de idade, militantes, saem do país e deixam o menino com o avô. Durante o desenrolar da história, vemos que o menino representa as pessoas que não entendiam o que acontecia, ou ainda hoje não têm conhecimento do que ocorreu. Os pais da criança representam aqueles que sofreram repressão, tortura, e que não viram justiça ainda nos dias de hoje. O “Golpe de 64” e “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” mostram as várias faces deste episódio no país, vale  a pena assistir e aprender um pouco mais sobre a nossa história.