Descanso, férias entre familiares e amigos, novas leituras (dos livros, dos filmes e do mundo...), enfim, tudo o que era necessário para forjar novos ânimos, novo alento para mais um semestre de atividades. O ano inicia com um curta pronto e outros dois por concluir. E, quem sabe, com oficinas que envolvam montagem, música, roteiro... E, ainda, com formação de um Cine Clube!
Como estimulo e roteiro para nosso trabalho, partilho com vocês algumas observações sobre livros e filmes. Então:
Como estimulo e roteiro para nosso trabalho, partilho com vocês algumas observações sobre livros e filmes. Então:
Aos leitores de plantão:
HILST, Hilda. Da morte. Odes mínimas. A autora maneja a
versificação com maestria, utilizando formas clássicas para extrair imagens
inusitadas para essa (in)desejada: a morte. Um trabalho envolvente!
TELLES, Lygia Fagundes. As meninas. Um romance excepcional! A narração é conduzida por três pontos de vista distintos. Três amigas registram suas impressões e experiências, cada uma a seu modo.
TELLES, Lygia Fagundes. As meninas. Um romance excepcional! A narração é conduzida por três pontos de vista distintos. Três amigas registram suas impressões e experiências, cada uma a seu modo.
Aos cinéfilos de plantão:
"Amor" apresenta uma história pungente: respeito,
ternura e dignidade surgem mesclados à sensação de impotência frente ao
inesperado. O refinamento e a razão clara são questionados quando o ser humano
é arremessado ao encontro de sua fragilidade. E o espectador precisa estar
atento às reviravoltas da narração bem conduzida por Michael Haneke, com
primeiros planos que demonstram uma fotografia excelente e enfatizam a atuação
do competente Jean-Louis Trintignant.
"O mestre" é um filme interessante, mas sugiro que
prestem atenção ao cartaz, ótima sinopse da narrativa. Joaquin Phoenix realiza
uma atuação brilhante, enfatizando a sedução das "figuras do mal",
tema caro à literatura mundial.
"As aventuras de Pi" é um filme que enche os
olhos. A beleza das imagens é arrebatadora, uma combinação muito feliz entre a
direção de Ang Lee, a fotografia excelente de Claudio Miranda e o trabalho de
computação gráfica da Ryhthm e Hues. A narração dentro da narração é um tema
atual que acaba desdobrando as preocupações com a representação a partir de uma
temática de fundo religioso.